sábado, 21 de julho de 2007

Madeleine a la veilleuse (1630-35), Georges de la Tour

"De primeiro, eu fazia e mexia, e pensar não pensava. Não possuía os prazos. Vivi puxando difícil de difícel, peixe vivo no moquém: quem mói no asp'ro não fantasêia. Mas agora, feita a folga que me vem, e sem pequenos dessossegos, estou de range rede. E me inventei neste gosto, de especular idéia." (Grande Sertão: Veredas, Guimarães Rosa)

Afinal, a metafísica é mesmo só conseqüência de se estar mal disposto? Cabeça vazia é oficina do diabo? Pensar é estar doente dos olhos?
Só consegui chegar a uma conclusão: se a metafísica é inevitável, há que se encontrar uma forma de esse pensar sem fim não levar à destruição (de si e do que está ao redor)...

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