sexta-feira, 8 de junho de 2007

(Ballet do Senegal 1)
Dançar muito, sempre, subir, descer, rodar, girar até o mundo cair. Dançar e soltar a alegria que fica sempre escondida dentro da concha. Dançar e sentir a loucura tomar a cabeça, até que a cabeça seja de novo corpo, só corpo, sem pensamento. Que é pensar que desbota a vida.

Brincar no eixo, sair do eixo, não ter mais eixo. Só enlouquecendo um pouco é que é possível viver.

E então a poesia do corpo, gestos de renda brincando no ar, sem rumo, sem
linha, sem alvo, sem tempo. Gozo puro do presente, na ausência de memória, de consciência, de desejo.

Nenhum comentário: