Dançar muito, sempre, subir, descer, rodar, girar até o mundo cair. Dançar e soltar a alegria que fica sempre escondida dentro da concha. Dançar e sentir a loucura tomar a cabeça, até que a cabeça seja de novo corpo, só corpo, sem pensamento. Que é pensar que desbota a vida.Brincar no eixo, sair do eixo, não ter mais eixo. Só enlouquecendo um pouco é que é possível viver.
E então a poesia do corpo, gestos de renda brincando no ar, sem rumo, sem
linha, sem alvo, sem tempo. Gozo puro do presente, na ausência de memória, de consciência, de desejo.
"Corro perigo como toda pessoa que vive. E a única coisa que me espera é exatamente o inesperado. Mas sei que terei paz antes da morte e que experimentarei um dia o delicado da vida. Perceberei - assim como se come e se vive o gosto da comida." (Água Viva, Clarice Lispector)
sexta-feira, 8 de junho de 2007
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