Vamos, não chores.
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis carro, navio, terra.
Mas tens um cão.Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o humour?A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.Tudo somado, devias
precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho.
"Corro perigo como toda pessoa que vive. E a única coisa que me espera é exatamente o inesperado. Mas sei que terei paz antes da morte e que experimentarei um dia o delicado da vida. Perceberei - assim como se come e se vive o gosto da comida." (Água Viva, Clarice Lispector)
quinta-feira, 6 de março de 2008
De consolo, ao menos alguma poesia
Consolo na praia
Drummond, Alguma Poesia
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2 comentários:
QUEM MATA A MULHER
Quem mata a mulher
Destrói o começo
O lado da luz que não se vê
É como se alguém tapasse
O infinito pelo avesso.
Quem mata a mulher
não acaba apenas
o que está em carne
e vida.
Mata todas as certezas
do que há de vir.
Confunde sabedoria e força
Mistura amor e forca
E morre no que mata.
Quem mata a mulher
Conclui o futuro
represa a vocação
e a expressão das flores,
Invalida o Ministério das
Minas e Energia.
Amar é ter coragem
De eternizar.
Uns querem amar
Outros querem à margem.
Um beijo
Naeno
oie...
gostei do seu blog, se não se importa estarei colocando ele na minha lista de blogues interessantes.
"lara"
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